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Em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, Goro Majima, a temida lenda do mundo yakuza, retorna para uma aventura única que se passa após os eventos de Like a Dragon: Infinite Wealth. Após um naufrágio misterioso, Majima acorda em uma ilha deserta sem memória e sem saber como chegou ali. Com sua identidade apagada pelas águas, ele se vê forçado a embarcar em uma jornada pelo vasto oceano em busca de respostas. Durante essa jornada, Majima recruta uma tripulação excêntrica e poderosa, enquanto melhora seu navio para enfrentar piratas inimigos, descobrir ilhas secretas e desbravar um mundo repleto de perigos e mistérios.

Quando os mares de pirataria e as ruas vibrantes de Tóquio se encontram, a combinação pode ser explosiva. Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii embarca em uma jornada inusitada, fugindo do tradicional universo de Yakuza para uma aventura cheia de piratas, tesouros e combates imersivos. Eu mergulhei nessa experiência única, e a mistura de aventura náutica com a velha fórmula de ação urbana me surpreendeu positivamente. Como sempre, a SEGA soube balancear o que os fãs mais amam da série com uma inovação que não só te mantém no comando do navio, mas também no controle da diversão. Majima, com seu estilo imprevisível e destemido, terá que provar sua força e coragem para não apenas reconstruir sua vida, mas também dominar os mares e se tornar uma lenda ainda mais imbatível. O palco está montado, e o show vai começar.


A Embriaguez do Comando

Quando você começa a jogar “Pirate Yakuza”, a sensação é de estar em um show de rock selvagem – as guitarras gritam e o palco está cheio de caos, mas, de alguma forma, tudo faz sentido. Majima, o irreverente líder, agora comanda uma tripulação de piratas excêntricos em um cenário insano que mistura o passado pirata com a essência inconfundível da Yakuza. Quem diria que esse maluco beleza poderia ser o capitão de um navio de guerra?

A narrativa nos leva por mares turbulentos, mas de forma surpreendentemente emocional. Há momentos de reflexão genuína sobre quem somos, o que queremos e o preço de seguir caminhos tortuosos – muito semelhantes a letras de rock clássico, onde a angústia e a busca por redenção permeiam os versos. Isso me faz lembrar de “The Unforgiven” do Metallica, uma canção que fala sobre escolhas difíceis e um passado que nunca se apaga, muito similar à luta interna de Majima ao tentar balancear sua vida como pirata e sua ligação com a Tojo Clan.


Combate Naval e Aventura: Velas ao Vento

O ponto alto de Pirate Yakuza é, sem dúvida, o combate naval. Embora não alcance a liberdade dos mares de Assassin’s Creed IV: Black Flag, as batalhas no oceano são bastante envolventes. Majima e sua tripulação enfrentam monstros marinhos e piratas em combates dinâmicos, onde a estratégia e a personalização do navio fazem toda a diferença. Você pode atacar com canhões, usar armas como lança-chamas e até lasers, ou apostar no combate corpo a corpo com uma mistura de ataques de machados e pistolas de mão. A forma como você organiza a tripulação – com base em habilidades de ataque, defesa e poder de canhões – determina o sucesso ou fracasso de suas batalhas no mar.

É uma jogabilidade mais focada e estratégica, mas que ainda mantém aquele toque de Yakuza, com o humor e a surpresa a cada novo mapa ou combate. Infelizmente, o jogo apresenta algumas ilhas recicladas, o que pode diminuir um pouco o senso de exploração, mas o combate naval e as diversas opções de personalização do navio garantem que o interesse se mantenha.

A Customização do Navio
Uma das mecânicas mais envolventes do jogo é a personalização do navio. Eu estava constantemente recolhendo recursos e recrutando novos piratas com habilidades específicas para cada tipo de combate naval. O jogo oferece um bom nível de estratégia aqui, e nada é mais gratificante do que ter a tripulação certa para uma batalha tensa, o que exige planejamento e experimentação.


Estilos de Luta: Cachorro Louco e Cachorro do Mar

Esses dois estilos de combate criam um equilíbrio interessante no jogo, permitindo que o jogador experimente diferentes abordagens, de uma luta brutal e corpo a corpo a um estilo mais criativo e ágil. Em certo ponto, quando você se vê em batalhas de grande escala, o Cachorro do Mar traz uma sensação de caos estratégico, onde a habilidade de Majima como líder e comandante de sua tripulação se torna crucial, enquanto o Cachorro Louco é para quem quer destruição sem limites. .

Cachorro Louco
Este é o estilo mais tradicional de Goro Majima, que os veteranos da série Yakuza já conhecem. O estilo Mad Dog é brutal e imersivo, onde Majima entra em combate com fúria, quebrando tudo à sua frente. Ele utiliza uma variedade de movimentos de alta energia e Ações de Fúria, como o icônico movimento de pegar a espada com os dentes. O foco aqui está na agressividade, no controle da zona de combate e na possibilidade de causar grandes danos com combos bem executados. É o estilo que representa a verdadeira essência do Yakuza, onde Majima se sente mais em casa, sempre no centro da ação.

Cachorro do Mar
O estilo Sea Dog é uma novidade para a série e traz um toque diferente, inspirado na pirataria e nas batalhas navais. Neste modo, Majima adota uma postura mais acrobática e estilosa. Ele utiliza ataques de curta e longa distância, como pistolas antigas, arpões e até mesmo movimentos especiais com instrumentos malditos. A luta é mais fluida e combina ataques rápidos e arremessos com objetos, dando ao jogador uma sensação de leveza, mas sem perder o impacto das trocas de golpes. Além disso, esse estilo é perfeito para o cenário pirata, com Majima se tornando uma verdadeira lenda dos mares.

Além dos estilos, a mecânica de luta mistura agilidade com brutalidade, onde Majima utiliza cutelos e um gancho no estilo clássico de pirata. Esse estilo de combate me lembra muito o rock n’ roll: direto, imprevisível e sempre de tirar o fôlego. Cada golpe lembra as guitarras rasgadas de um solo de hard rock, com a fluidez das combinações criando uma dança de socos e lâminas


Trilha Sonora e Narrativa Visual

A música é outro elemento que se destaca. Não há apenas uma trilha de fundo genérica, mas sim um arranjo tão envolvente que te faz sentir que está navegando pelos mares de um filme clássico de piratas. A abertura musical, por exemplo, tem toda a vibe do cinema da velha guarda, lembrando os hinos de filmes piratas clássicos que misturam ação com mistério.

A utilização de músicas para acompanhar os momentos mais épicos e dramáticos também traz à tona a comparação com as canções de Queen, como em “We Will Rock You” – a sensação de que, não importa a situação, Majima sempre encontrará uma maneira de sair por cima, com o ritmo a seu favor.

A narrativa visual é igualmente vibrante. O design de personagens é tão irreverente quanto os álbuns de The Clash, enquanto os cenários exagerados contrastam com os momentos de introspecção de Majima. Se você já viu o visual de Kamurocho, vai se impressionar com a transição para o ambiente aberto e livre das ilhas tropicais. Há uma beleza exótica nas áreas, mas sempre com aquele toque de desespero e decadência que faz tudo parecer mais real.


Modos de Jogo: Uma Jornada Sem Limites

Como qualquer bom jogo da série Yakuza, as atividades paralelas são um prato cheio para quem quer se perder em uma maré de mini-jogos e histórias secundárias. De corridas de kart, pesca, culinária e batalhas de canhão, a diversão nunca para. Os momentos mais malucos, como a busca pelo lendário pirata Zeus, são aqueles que me deixam com um sorriso no rosto, já que o humor da série está mais presente do que nunca. há ainda o Master System e os inevitáveis arcades, o que só adiciona camadas de diversão.

Conexões com o Mundo do Rock O jogo tem uma pegada rebelde, própria de um bom rocker. Se pensar nas músicas de AC/DC, como em “Back in Black”, que se referem a fazer o que se quer, da forma que se quer, Pirate Yakuza transmite exatamente essa vibe: Majima é sempre o rebelde que faz as coisas do seu jeito, não importa a situação.


Disponibilidade e Plataformas:

“Like A Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii” está disponível em PC (Steam), PS4/PS5, Xbox Series X/S e Xbox One desde 21 de fevereiro de 2025.

Considerações Finais:

“Like A Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii” é uma festa no palco do caos – uma mistura única de piratas, loucura e Yakuza. Majima segue sendo o rei do absurdo, mas aqui ele é mais do que um líder; ele é o reflexo das grandes questões da vida. Se você já está familiarizado com a série, vai encontrar elementos familiares que conectam o com o calor tropical do Pacífico.

O jogo consegue ser diferente, sem perder a essência que fez os fãs apaixonados pela franquia. Se você busca um jogo com ação frenética, mas também com momentos de pausa e reflexão, não procure mais. Este título entrega exatamente isso.


Afinações Perfeitas:

  • Combate naval e terrestre empolgante.
  • Trilha sonora que complementa a vibe de pirataria e caos.
  • Narrativa intrigante que mistura humor e emoção.
  • Minigames bem integrados e diversificados.

Notas Fora do Tom:

  • O mapa de exploração naval poderia ser mais expansivo e menos repetitivo.
  • Algumas mecânicas de batalha naval poderiam ser melhor aproveitadas.

Nota Final: 8.7/10


Informações sobre a Análise:

Esta análise foi realizada com base na versão para PC via Steam, que oferece uma experiência de gameplay fluida e com gráficos melhorados a 60fps. A chave do jogo foi gentilmente cedida pela galera da Sega.


Aperte o Play e confira nossa gameplay da primeira hora:


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