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Quando joguei essa demo de Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, fui imediatamente arrastado pra aquela época em que as tardes eram tomadas por kickflips imaginários e trilhas punk barulhentas estourando na TV de tubo. E aqui, diferente de muitos relançamentos mornos por aí, o skate não só voltou pra pista — voltou afinado.

Imagem divulgação da Activision

Pra deixar o retorno ainda mais especial, Rayssa Leal, a Fadinha das Olimpíadas, chegou pra fazer história mais uma vez. E com ela na seleção de personagens jogáveis junto de Tony Hawk, o jogo entrega um crossover que junta presente, passado e futuro numa só sessão.

Imagem divulgação da Activision

Mas não é só isso: quem investir na edição Deluxe ainda leva o Doom Slayer pra sessão, trazendo o peso do metal e a zoeira que só quem cresceu jogando Tony Hawk entende.


Trilha sonora afiada como riff de guitarra

Não tem como falar de Tony Hawk’s Pro Skater sem falar da trilha sonora. O som que abre a demo já diz tudo: “96 Quite Bitter Beings” do CKY. Skate e punk rock sempre andaram lado a lado, e essa seleção musical traz exatamente a nostalgia necessária. A demo traz ainda faixas como:

  • “Everything Turns Grey” — Agent Orange
  • “If You Must” — Del the Funky Homosapien
  • “Kick, Push” — Lupe Fiasco
  • “Yankee and the Brave (ep. 4)” — Run the Jewels
  • “Ace of Spades” — Motörhead

Se na década de 90 a cultura skate era moldada por sons pesados e rimas de protesto, essa seleção mantém a essência viva. É como ouvir “Bleach” do Nirvana remasterizado: bruto, cru e atual.


Rayssa Leal na pista: representatividade com estilo

A inclusão de Rayssa aqui é um golaço. Não é skin aleatória nem cameo sem graça — ela tem animações próprias, movimentos únicos e atitude de sobra. Dá orgulho ver uma brasileira dividindo espaço com lendas no universo dos games. Representatividade que vem sem forçar a barra, natural como o sorriso que a fez conquistar o mundo.

Captura de imagem da gameplay do jogo

E, pra quem manja, isso lembra o impacto que bandas como Nação Zumbi causaram quando entraram no mainstream do rock brasileiro — algo autêntico, que nasce das ruas e ganha o mundo com personalidade.


Gameplay clássico, sensação modernizada

Falando de jogabilidade, o DNA clássico segue intacto: botão pra pegar impulso, grind no triângulo, manobras com direcionais e combos pra desafiar os reflexos. Se você jogou THPS 1+2 Remaster, já sabe o que esperar.

A demo oferece acesso a duas pistas clássicas:

  • Metalúrgica (Foundry) — A pista industrial raiz de THPS 3, cheia de corrimões, gaps e lava pra te punir por qualquer vacilo.
Captura de imagem da gameplay do jogo
  • Faculdade (College) — Representando THPS 4, traz aquele espírito zoeira: grind em cima de bebedouro, wallride em mural da cantina, e variação de obstáculos pra combinar manobras insanas.
Captura de imagem da gameplay do jogo

Mesmo limitada a sessões de dois minutos, o gameplay tá fluido, responsivo e gostoso de jogar. Aquela fórmula clássica: segura o botão pra pegar velocidade, encaixa o ollie na borda, gira o direcional e executa as manobras na sequência. Nada reinventado, mas tudo muito bem polido.


Estilo nas Rodas: Personalização que já dá o tom do que vem aí

A demo já dá um bom vislumbre do que está por vir na versão completa de Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, especialmente quando a gente explora as opções de customização. Entre trajes alternativos estilosos e shapes personalizáveis, dá pra deixar tudo com a sua assinatura — seja no visual do skatista ou na vibe do skate. É aquele toque de identidade que faz cada grind parecer único. Se essa prévia já entrega esse nível de detalhe, imagina o que vem por aí.


Doom Slayer no rolê: crossover maluco e divertido

Quem optar pela versão Deluxe vai ganhar um bônus inusitado: o Doom Slayer como skatista jogável, completo com hoverboard temático e skins alternativas. É aquela mistura improvável que só funciona porque o jogo sabe não se levar a sério demais.

É como quando o Sepultura meteu influências eletrônicas no “Dante XXI” — estranho no papel, mas irado quando você vê (ou, no caso, joga).

Captura de imagem da gameplay do jogo

Afinações Perfeitas:

  • Presença marcante de Rayssa Leal como personagem jogável
  • Trilha sonora impecável com clássicos e novidades
  • Jogabilidade fiel à essência da franquia
  • Representatividade e nostalgia caminhando juntas
  • Doom Slayer na Deluxe é o caos bom que a franquia merece

Notas Fora do Tom:

  • Demo curta demais — podia entregar mais conteúdo inicial
  • Visual não é de última geração, mas cumpre seu papel

Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 Demo é o show de abertura — o álbum completo vem aí

Essa demo entrega exatamente o que esperávamos: nostalgia na medida certa, renovação pontual e aquele gostinho de “quero mais”. Se a versão final seguir esse caminho, Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 tem tudo pra ser o relançamento definitivo da era clássica. A inclusão de Rayssa Leal não é só um bônus: é um símbolo dessa renovação, uma ponte entre gerações que, honestamente, o skate precisava.

Agora é esperar o lançamento completo e torcer pra que o álbum inteiro seja tão bom quanto esse primeiro single.

A demo disponível para quem fez pré-venda ou assina o Game Pass não decepciona. Não é exagero dizer: estamos diante de um revival que não só respeita a essência dos jogos originais, mas também injeta o frescor necessário para fisgar uma nova geração.

E é aí que entra Rayssa Leal, a Fadinha, símbolo vivo desse encontro entre gerações. Junto com Tony Hawk, ela carrega o espírito do skate para frente, como uma banda clássica recebendo um vocalista novo que mantém o peso, mas traz uma nova vibe.

Eu recomendo jogar essa demo ouvindo Pearl Jam fase “Yield” ou Rage Against the Machine no volume máximo.


Vale ou não vale a pena?

Se você viveu a era de ouro dos games de skate ou simplesmente curte uma jogatina com trilha sonora insana e aquela vibe de parque abandonado com som alto, vale muito a pena testar essa demo. Ainda mais com Rayssa Leal no comando e Doom Slayer como bônus pra quem quiser o pacote completo.

Mas se você tá esperando inovação pesada ou conteúdo robusto já na demo, segura a ansiedade. É só um aperitivo — curto, mas certeiro. Pra quem cresceu ouvindo CKY, descendo ladeira imaginando fazer um kickflip perfeito, isso aqui é mais que demo: é reencontro com uma fase da vida.


Ficha Técnica da Análise

  • Plataforma testada: PC via Steam
  • Versão analisada: Demo
  • Cópia gentilmente fornecida por: Activision
  • Lançamento: Dia 11 de julho de 2025

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