
O número da besta desperta
Dying Light: The Beast nos coloca de frente com o caos visceral de Castor Woods, onde o humano e a besta colidem. Além disso, a Techland, desenvolvedora polonesa conhecida por sua ousadia em survival horror, entrega mais uma vez um mundo aberto cheio de perigo, criatividade e brutalidade. Jogar no PS5 com a chave cedida pela equipe me permitiu sentir cada salto, cada golpe, como se estivesse no palco de um show de heavy metal.
A música escolhida para guiar esta análise é “The Number of the Beast”, do Iron Maiden, do álbum homônimo de 1982. Entretanto, a canção fala de terror, profecias e forças que desafiam o controle humano, exatamente como Kyle Crane enfrenta sua mutação de besta. A sonoridade intensa e os riffs cortantes dialogam com a fúria animal e o ritmo frenético do parkour e combate.
“Woe to you, oh Earth and Sea, for the Devil sends the beast with wrath“
“Ai de vocês, ó Terra e Mar, pois o Diabo envia a besta com fúria“
Portanto, este verso define o tom de toda a experiência: Crane, entre humanos e monstros, é o epicentro de uma história de vingança e caos.
Rugido da Noite
O mundo de Dying Light: The Beast combina cidades e vales, sempre à beira do apocalipse. Além disso, Crane inicia sua jornada transformado em uma criatura híbrida, e cada missão é uma tentativa de equilibrar o instinto bestial e o humano.
O protagonista é marcado pela mutação, enquanto antagonistas variam de cientistas malucos a líderes manipuladores. Aliados surgem nos momentos certos, oferecendo suporte e humanidade em meio ao terror. Entretanto, a narrativa é linear, mas intensa, com tons épicos e caóticos que lembram solos de guitarra — repetidos, porém cheios de energia.
“Night was black, was no use holding back“
“A noite estava negra, não havia como se conter“
Enquanto isso, o tom sombrio e urgente da música permeia cada corrida e confronto, refletindo o risco constante do mundo noturno do jogo.

Solo de Carne e Aço
A mecânica principal é o parkour, agora intensificado pelo modo besta, que permite arrancar cabeças, socar hordas e atravessar inimigos com força bruta. Além disso, as Chimeras, inimigos geneticamente alterados, adicionam desafio estratégico, desbloqueando novas habilidades.
O combate é visceral e rápido, lembrando riffs pesados: cada golpe é marcado por impacto sonoro, reforçando a sensação de brutalidade. Ao mesmo tempo, a progressão de habilidades e a interação com o mundo abrem caminhos novos, mas a maior parte do tempo ainda remete às rotinas conhecidas da franquia.
A localização em português é eficaz, tornando a experiência acessível e aumentando a imersão emocional para o público brasileiro. Portanto, cada diálogo ou interação carrega peso narrativo e aproxima o jogador do universo do jogo.

Ecos do Metal
A analogia com Iron Maiden vai além da trilha sonora. Cada batalha, cada perseguição, ecoa trechos como:
“In the night, the fire’s burning bright“
“Na noite, o fogo brilha intenso“
Isso reflete o pico da mutação de Crane, quando o poder da besta se manifesta. Ainda assim, a repetição de confrontos funciona como refrão: conhecida, mas ainda empolgante.
Além disso, a música influencia a narrativa visual: o ritmo frenético e a sensação de perigo constante se traduzem em tomadas de câmera, efeitos de luz e movimentação fluida, criando uma experiência audiovisual completa.
Olhar da Besta
Castor Woods é menor que os mapas anteriores, entretanto densamente construído. Áreas urbanas oferecem parkour ágil, enquanto florestas e campos abrem espaço para combates estratégicos. A estética visual é sombria, quase um álbum conceitual de heavy metal traduzido em gráficos PS5. Portanto, cada cenário se torna um palco para ação e destruição.

O heavy metal do gameplay
A trilha sonora combina efeitos ambientais e música intensa, criando tensão e ritmo. Além disso, cada urro da besta, impacto de socos e destruição de objetos reforça a sensação de poder e urgência.
O level design acentua o som: telhados ecoam passos, zumbis produzem sons distintos, Chimeras anunciam sua presença antes do ataque. A dublagem em português e efeitos sonoros completam o clima, tornando o jogo uma orquestra de caos, reminiscentes de riffs do Iron Maiden.
Portanto, o áudio não é apenas complemento, mas parte ativa da narrativa e da experiência sensorial.

Desafio da Besta
Além da campanha principal, The Beast oferece modos de desafio contra chefes Chimeras, que introduzem variações estratégicas de combate. Entretanto, coop online e exploração de mundo aberto completam a experiência. Cada encontro é um solo de guitarra que mistura técnica e espetáculo, logo reforçando o ritmo intenso da narrativa.
O palco da besta vale a pena?
Dying Light: The Beast entrega adrenalina, brutalidade e parkour intenso, guiados pelo rugido do heavy metal. A Techland mantém a essência da franquia enquanto adiciona o toque monstruoso da besta. Ainda assim, a música de Iron Maiden reforça cada momento, transformando o mundo em um álbum visual. Para mais informações do jogo acesse o link
Afinações perfeitas x Notas fora do tom
Afinações perfeitas:
- Parkour e combate fluido
- Modo besta divertido e visceral
- Chefes e Chimeras adicionam desafio
- Personagens secundários memoráveis
Notas fora do tom:
- História ainda genérica
- Pouca inovação além da mutação
- Repetição de chefes reduz impacto
Nota final – 8,5/10
Dying Light: The Beast tem um legado sólido, brutal e memorável. Além disso, a besta ruge alto no PS5, cada salto é um riff metálico na pele do jogador, e a experiência justifica plenamente a nota elevada.
🔥 Quer sentir o parkour pesado ao som do metal?
A primeira hora de Dying Light: The Beast já está no canal, trazendo a brutalidade da Techland em sua forma mais intensa: adrenalina, monstros e ritmo acelerado embalados pela fúria do heavy metal.
Informações sobre a análise
- Plataforma: PlayStation 5
- Versão testada: PS5, gráficos nativos
- Chave: Cedida gentilmente pela Techland
- Data de lançamento: 12 de setembro de 2025
- Desenvolvedora / Publicadora: Techland
- Idiomas disponíveis: PT-BR, EN, FR, DE, ES
- Estilo / gênero: Survival horror, parkour, ação
- Número de jogadores: 1 (campanha), multiplayer online coop