
Shinobi Art of Vengeance chega como quem desce de um riff poderoso no palco: direto, rasgado e sem pedir licença. Depois de 14 anos sumida, a série retorna pelas mãos da Lizardcube, o estúdio francês que já tinha botado a cara no ringue com Streets of Rage 4. Agora, eles pegam a herança arcade da SEGA e transformam em espetáculo visual e brutalidade calculada.
Além disso, pra embalar essa viagem ninja, eu coloco no repeat “My Sacrifice” – Creed (2001, álbum Weathered). A faixa fala de renascimento, das cicatrizes que o tempo deixa e da força que só nasce quando tudo parece perdido. Assim como Joe Musashi, que abandona a vida pacífica para encarar de novo os fantasmas da guerra, a música ecoa a ideia de que cada golpe é um recomeço, cada sangue derramado é um pedaço do sacrifício.
“When you are with me, I’m free”
Quando você está comigo, eu sou livre.
E é nessa sintonia que mergulho no jogo: um ninja que luta não só contra inimigos, mas contra a própria sombra da perda.
A Lâmina que Carrega a História
O mundo de Shinobi: Art of Vengeance é uma fusão de caos urbano, tradição ninja e forças obscuras que moldam o destino. Nesse palco, a tecnologia brutal encontra a espiritualidade milenar, criando o cenário perfeito para uma jornada de sangue e honra.
O protagonista é Joe Musashi, guerreiro lendário que retorna de seu exílio silencioso para encarar mais uma vez as forças que ameaçam o equilíbrio. Seu papel é o de um guardião ferido, dividido entre o dever e o peso de suas cicatrizes. Do outro lado, estão as corporações e figuras sombrias que representam a opressão e a corrupção em estado puro. Apesar disso, alguns aliados discretos cruzam seu caminho, oferecendo apoio sutil e lembrando que até o mais solitário dos ninjas não luta totalmente sozinho.
O objetivo é direto: restaurar o equilíbrio e proteger o que resta. Ainda que sua missão seja clara, o que está em jogo é maior — a sobrevivência de um mundo inteiro que beira o colapso.
Narrativamente, o jogo adota um tom épico e melancólico, conduzido por runs intensas que misturam linearidade com fragmentos de desafio. Cada batalha sugere mais do que mostra, e a trama não revela demais: o peso está nas atmosferas, no silêncio e na sensação de que cada vitória cobra um preço.
O Eco de um Clássico Reinventado
O peso cultural de Shinobi Art of Vengeance é coisa séria. Não é só mais um revival qualquer, é a SEGA revisitando uma de suas séries mais cultuadas com a energia de quem entende o valor da nostalgia, mas não quer viver dela.
Enquanto isso, o estilo arcade dos anos 80 e 90 aparece, mas com uma roupagem moderna: visuais desenhados à mão, combos explosivos e estágios que mudam de cara como um disco de vinil cheio de lados B inesperados. Portanto, cada fase tem personalidade própria, e a sensação de “novidade” é constante.
Além disso, o verso da música insiste na minha cabeça:
“I just want to say hello again”
Eu só quero dizer olá de novo.
E é exatamente isso que o jogo faz com a gente: diz “olá de novo” a um clássico, mas com punch atualizado.
Sangue, Ritmo e Kunai
Se tem algo que faz o jogo pulsar é a jogabilidade. Musashi está mais afiado do que nunca, com combos que vão do básico ao destruidor em segundos. Além disso, o Switch aguenta bem o tranco: as execuções são rápidas, os combos emendados fluem sem engasgo e os chefes viram arenas de espetáculo puro.
Enquanto isso, cada Ninpo guardado pro momento certo, cada desafio opcional vencido e cada Elite Encounter superado soam como um sacrifício, mas com sabor de vitória.
“My sacrifice”
Meu sacrifício.
Narrativa nas Entrelinhas do Rock
A trama não inventa roda: vilão megalomaníaco, corporação maligna e Musashi em busca de vingança. Mas a simplicidade aqui é charme. Joe não fala, só solta grunhidos, e isso cria uma ironia divertida entre tanto sangue derramado.
Por outro lado, a analogia com Creed encaixa perfeitamente: não é sobre diálogos ou frases de efeito, mas sobre o peso silencioso da jornada. Musashi vive o refrão como um mantra — a luta dele não é só contra o ENE Corp, é contra o vazio deixado pelo que perdeu.
Cenas Pintadas, Som Rasgado
Visualmente, o jogo é pancada. Cada fase parece saída de uma HQ viva, desenhada com amor ao detalhe: reflexos na água, cenários urbanos neon, florestas bambuzais e laboratórios infestados de criaturas bizarras.
Além disso, a trilha sonora mistura batidas modernas com ecos orientais, criando o pano perfeito pro massacre. Em certos momentos, dá até pra sentir que a própria “My Sacrifice” poderia estourar no fundo como hino não-oficial da vingança.
Modos para Todos os Ninjas
A campanha principal já rende boas horas, mas o extra é o que tempera. Tem os desafios rift (plataformas mortais à la Super Meat Boy), Elite Encounters que testam reflexos e Boss Rush pra speedrunner nenhum botar defeito.
Dessa forma, o Switch garante acessibilidade também: opções de dificuldade ajustáveis e modos mais leves para quem só quer curtir a história sem sofrer demais.
Entre o Ninja e o Refrão
No fim, percebo que a letra de Creed se confunde com Musashi: um guerreiro que perdeu, mas que encontra forças no próprio sacrifício.
“When you are with me, I’m free”
Quando você está comigo, eu sou livre.
A liberdade dele é a lâmina. A nossa, é jogar.
Afinações Perfeitas e Notas Fora do Tom
Afinações Perfeitas 🎸
- Visual desenhado à mão, vibrante e cheio de estilo.
- Combate fluido, combos intuitivos e Ninpo estratégico.
- Variedade de fases e referências à era arcade.
- Extras viciantes (Elite, Rift, Boss Rush).
- Performance sólida no Switch.
Notas Fora do Tom 🎶
- Inimigos respawnando rápido demais em backtracking.
- Mapas pouco claros em quedas/plataformas.
- Alguns chefes poderiam ser mais desafiadores no hard.
A Última Lâmina (Nota Final)
Shinobi Art of Vengeance não é só um revival: é um tributo vivo ao legado da SEGA e ao espírito ninja. No Switch, ele corta fundo com ação ágil, estilo marcante e coração em chamas. Não é perfeito, mas é memorável – e como o refrão da música, traz aquela sensação de renascer em meio à batalha.
Nota: 9/10
Informações sobre a análise
- Plataforma usada para análise: PC (Steam)
- Versão testada: Switch digital
- Condições do teste: rodando estável em 60fps
- Chave cedida gentilmente pela SEGA
- Disponível em: Nintendo Switch, PS5, Xbox Series, PC
- Data de lançamento: 2025
- Desenvolvedora: Wright Flyer Studios
- Publicadora: Bandai Namco
- Idiomas disponíveis (textos e dublagem): Japonês (dublagem), Inglês (dublagem), Francês, Alemão, Italiano, Espanhol, Coreano, Chinês Tradicional e Simplificado
- Legenda em português do Brasil: não disponível
- Estilo/gênero: Roguelike / Action RPG
- Número de jogadores: 1 (single-player)
E, pra embalar essa viagem ninja, eu coloco no repeat “My Sacrifice” – Creed (2001, álbum Weathered). A faixa fala de renascimento, das cicatrizes que o tempo deixa e da força que só nasce quando tudo já parece perdido. Assim como Joe Musashi, que abandona a vida pacífica para encarar de novo os fantasmas da guerra, a música ecoa a ideia de que cada golpe é um recomeço, cada sangue derramado é um pedaço do sacrifício.
“When you are with me, I’m free”
Quando você está comigo, eu sou livre.
E é nessa sintonia que mergulho no jogo: um ninja que luta não só contra inimigos, mas contra a própria sombra da perda.
O ECO DE UM CLÁSSICO REINVENTADO
O peso cultural de Shinobi Art of Vengeance é coisa séria. Não é só mais um revival qualquer, é a SEGA revisitando uma de suas séries mais cultuadas com a energia de quem entende o valor da nostalgia, mas não quer viver dela. O estilo arcade dos anos 80 e 90 aparece, mas com uma roupagem moderna: visuais desenhados à mão, combos explosivos e estágios que mudam de cara como um disco de vinil cheio de lados B inesperados.
Enquanto isso, o verso da música insiste na minha cabeça:
“I just want to say hello again”
Eu só quero dizer olá de novo.
E é exatamente isso que o jogo faz com a gente: diz “olá de novo” a um clássico, mas com punch atualizado.
SANGUE, RITMO E KUNAI
Se tem algo que faz o jogo pulsar é a jogabilidade. Musashi está mais afiado do que nunca, com combos que vão do básico ao destruidor em poucos segundos. O esquema de ataques leves e pesados, kunais arremessadas e Ninpo carregado traz um flow que mistura beat ‘em up e plataforma sem perder identidade.
O Switch aguenta bem o tranco: as execuções são rápidas, os combos emendados fluem sem engasgo e os chefes viram arenas de espetáculo puro. Mesmo nas fases mais insanas, tipo correr pelos vagões de um trem ou mergulhar no corpo grotesco de um Kaiju, o jogo segura a bronca e entrega ação sólida.
“My sacrifice”
Meu sacrifício.
Cada Ninpo guardado pro momento certo, cada desafio opcional vencido, cada Elite Encounter superado – tudo soa como um sacrifício, mas com sabor de vitória.
NARRATIVA NAS ENTRELINHAS DO ROCK
A trama não inventa roda: vilão megalomaníaco, corporação maligna e Musashi em busca de vingança. Mas a simplicidade aqui é charme. Joe não fala, só solta grunhidos, e isso cria uma ironia divertida entre tanto sangue derramado.
A analogia com Creed encaixa: não é sobre diálogos ou frases de efeito, mas sobre o peso silencioso da jornada. Musashi vive o refrão como um mantra — a luta dele não é só contra o ENE Corp, é contra o vazio deixado pelo que perdeu.
CENAS PINTADAS, SOM RASGADO
Visualmente, o jogo é pancada. Cada fase parece saída de uma HQ viva, desenhada com amor ao detalhe: reflexos na água, cenários urbanos neon, florestas bambuzais e laboratórios infestados de criaturas bizarras. O Switch segura firme a proposta artística, mesmo que em resolução mais enxuta do que no PC ou PS5.
A trilha sonora mistura batidas modernas com ecos orientais, criando o pano perfeito pro massacre. Em certos momentos, dá até pra sentir que a própria “My Sacrifice” poderia estourar no fundo como hino não-oficial da vingança.
MODOS PARA TODOS OS NINJAS
A campanha principal já rende boas horas, mas o extra é o que tempera. Tem os desafios rift (plataformas mortais à la Super Meat Boy), Elite Encounters que testam reflexos e Boss Rush pra speedrunner nenhum botar defeito. O Switch garante acessibilidade também: opções de dificuldade ajustáveis e modos mais leves para quem só quer curtir a história sem sofrer demais.
AFINAÇÕES PERFEITAS E NOTAS FORA DO TOM
Afinações Perfeitas 🎸
- Visual desenhado à mão, vibrante e cheio de estilo.
- Combate fluido, combos intuitivos e Ninpo estratégico.
- Variedade de fases e referências à era arcade.
- Extras viciantes (Elite, Rift, Boss Rush).
- Performance sólida no Switch.
Notas Fora do Tom 🎶
- Inimigos respawnando rápido demais em backtracking.
- Mapas pouco claros em quedas/plataformas.
- Alguns chefes poderiam ser mais desafiadores no hard.
A ÚLTIMA LÂMINA (NOTA FINAL)
Shinobi Art of Vengeance não é só um revival: é um tributo vivo ao legado da SEGA e ao espírito ninja. No Switch, ele corta fundo com ação ágil, estilo marcante e coração em chamas. Não é perfeito, mas é memorável – e como o refrão da música, traz aquela sensação de renascer em meio à batalha.
Nota: /10
ENTRE O NINJA E O REFRÃO
No fim, percebo que a letra de Creed se confunde com Musashi: um guerreiro que perdeu, mas que encontra forças no próprio sacrifício.
“When you are with me, I’m free”
Quando você está comigo, eu sou livre.
A liberdade dele é a lâmina. A nossa, é jogar.
🥷 Quer sentir o corte de um riff ninja direto na pele?
Os primeiros 30 minutos de Shinobi Art of Vengeance já estão no canal, mostrando como a Lizardcube transformou a herança arcade da SEGA em uma experiência brutal, ágil e memorável.
👉 Dá o play no YouTube do Rockverse Play e confere a primeira meia hora desse retorno explosivo, que honra o legado e renasce como puro espetáculo.
INFORMAÇÕES SOBRE A ANÁLISE
- Plataforma analisada: Nintendo Switch
- Versão do jogo: digital, desempenho sólido a 60fps estáveis
- Chave cedida gentilmente pela SEGA Brasil
- Data de lançamento: 25 de agosto de 2025
- Desenvolvedora: Lizardcube
- Publicadora: SEGA
- Disponível em: Nintendo Switch, PC (Steam), PlayStation 5, Xbox Series X|S
- Idiomas: inglês (áudio), legendas em português
- Estilo/Gênero: ação, plataforma 2D, beat ‘em up
- Número de jogadores: 1
📝 Chave de review cedida gentilmente pela equipe da SEGA Brasil.